O câncer de pele, tipo mais comum no Brasil, é dividido pelos tipos não melanoma e melanoma. Este último, apesar de ser responsável por somente cerca de 5% dos casos, é o mais agressivo e letal.
Para esclarecer alguns aspectos deste tipo de tumor, conversamos com o dermatologista, Dr. Geann Wellington de Bortoli. Confira o conteúdo e saiba mais a respeito.
O que é o câncer de pele melanoma?
Entre as funções da pele, está a proteção dos órgãos contra as agressões externas, como fungos ou bactérias. Além disso, é responsável pela regulação da temperatura corporal, percepção dos estímulos como calor, frio ou dor, entre outros.
O câncer de pele ocorre quando há o crescimento anormal e descontrolado das células componentes da pele, que se multiplicam até formar o tumor maligno.
O melanoma é um tipo de câncer com origem nas células responsáveis pela pigmentação da pele, os melanócitos. Essa neoplasia pode aparecer em qualquer parte do corpo, incluindo olhos ou mucosas, no formato de uma mancha, pinta ou sinal.
Como citado, ele é o subtipo mais agressivo de câncer de pele, capaz de criar metástases e se espalhar para diversas regiões se não diagnosticado em estágios iniciais, o que certamente diminui as chances de sucesso do tratamento.
Quais os fatores de risco para o melanoma?
Como a radiação ultravioleta (UV) do Sol é um importante risco para câncer de pele, e quase sempre estamos expostos a eles, qualquer pessoa pode desenvolver a doença. Porém, existem outros fatores que aumentam ainda mais as chances para o melanoma. São eles:
– histórico familiar ou pessoal de câncer de pele;
– presença de múltiplas pintas;
– genética: cabelos ruivos ou loiros, pele e olhos claros;
– realização de bronzeamento artificial;
– falta de uso de protetor solar rotineiramente;
– ter doenças de pele raras, como xeroderma pigmentoso, albinismo ou síndrome do nevo basocelular;
– tomar medicações que enfraquecem a imunidade, como as usadas por portadores de órgãos transplantados).
Quais os principais sintomas?
Conhecer os sinais que podem indicar câncer de pele melanoma faz toda diferença para o diagnóstico precoce da doença. Entre os principais sintomas que você precisa estar atento estão:
– alteração em uma pinta existente (no tamanho, forma ou cor);
– feridas que não cicatrizam;
– assimetria, ou seja, quando uma metade da pinta é diferente da outra;
– pinta com bordas irregulares (similar a um contorno mal definido);
– várias cores em uma mesma lesão.
Como é feito o diagnóstico?
Ao suspeitar de um melanoma é necessário procurar um dermatologista para investigação. Além da avaliação clínica, o exame de dermatoscopia permite ver o que não é possível a olho nu, e a biópsia pode ser necessária para confirmar o diagnóstico.
Pessoas com alto risco para o câncer de pele, principalmente com histórico familiar ou pessoal da doença, podem realizar acompanhamento médico periódico, com o intuito de rastreamento da doença.
Tipos de tratamento para o melanoma
A escolha da melhor conduta terapêutica dependerá de alguns fatores, como o estadiamento da doença e se o tumor está apenas na pele ou se houve metástase e o câncer se espalhou para outros órgãos.
Os principais tratamentos indicados (que podem ser isolados ou combinados) são:
– cirurgia;
– radioterapia;
– quimioterapia;
– imunoterapia;
– terapia-alvo.
É importante dizer que o diagnóstico precoce do câncer de pele garante melhores resultados com o tratamento e aumenta as chances de cura.
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