NOSSO BLOG

Julho Verde: mês de conscientização do câncer de cabeça e pescoço

01/06/2023

Centro de Oncologia do Paraná

O mês de julho ganhou a cor verde para conscientizar sobre a importância da prevenção e detecção precoce do câncer de cabeça e pescoço, sexto tipo mais comum entre todos os tipos de neoplasias.

Sabemos que quando a doença é diagnosticada em sua fase inicial, as chances de cura podem chegar a 90%. Porém, cerca de 76% dos casos são descobertos em estágios avançados, o que reduz os índices de cura e torna os tratamentos mais agressivos.

Para esclarecer os diferentes aspectos destes tumores, conversamos com a cirurgiã de cabeça e pescoço, Dra. Mariana Guerra. Confira o conteúdo e fique por dentro.

O que é o câncer de cabeça e pescoço

Este é o nome genérico dado aos tumores que acometem a cavidade oral (boca), faringe, laringe, cavidade nasal, seios paranasais e tireoide.

Quais são os fatores de risco para a doença?

Apesar de o tabagismo e o consumo de álcool, principalmente quando associados, serem responsáveis por cerca de 70% dos casos da doença, existem outros fatores que aumentam o risco de desenvolver os tumores de cabeça e pescoço. Veja alguns deles:

– câncer de boca: exposição ao Sol sem protetor labial e infecção por alguns subtipos do papilomavírus humano (HPV);

– câncer de laringe ou faringe: obesidade, infecção por alguns subtipos do papilomavírus humano (HPV), algumas síndromes genéticas, ser do sexo masculino e ter refluxo gastroesofágico;

– câncer de tireoide: obesidade, ser do sexo feminino, histórico familiar, síndromes hereditárias e exposição à radiação ionizante.

Para quais sintomas é preciso estar atento?

O diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço normalmente ocorre em estágios avançados porque os sintomas são similares e outras doenças, levando as pessoas a não procurarem um médico. Por isso, é preciso estar atento aos seguintes sinais:

– surgimento de nódulo (caroço) no pescoço;

– feridas ou aftas que não cicatrizam por mais de 15 dias;

– dor de garganta que não passa;

– dificuldade para mastigar ou engolir;

– alteração na voz ou rouquidão;

– sangramento ou obstrução nasal;

– tosse com sangue.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica do paciente e exames de imagem como ressonância magnética, ultrassonografia ou tomografia. Para confirmar a suspeita da doença, o médico solicita uma biópsia, no intuito de analisar se há células cancerígenas. Se os sintomas mencionados acima ocorrerem de forma persistente, a indicação é de que você procure um especialista para investigação.

Quais os tratamentos disponíveis?

O tratamento mais adequado para o câncer de cabeça e pescoço vai depender de diversos fatores, como o tipo de tumor, sua localização, estágio da doença e condições clínicas do paciente. Levando em consideração todas essas informações, os mais utilizados são:

– cirurgia para remoção total do tumor, o tratamento mais indicado, podendo ser convencional, laparoscópica (minimamente invasiva), microcirurgia transoral a laser ou a cirurgia robótica;

radioterapia, em que se utiliza a radiação ionizante para destruir, ou controlar, as células cancerígenas e preservar as células sadias que estão em volta do tumor. Pode ser indicada como tratamento único ou complementar à cirurgia;

quimioterapia, que consiste no uso de diferentes medicamentos para destruir as células neoplásicas. Pode ser realizada antes ou após a cirurgia;

imunoterapia, um dos protocolos mais modernos, o qual utiliza medicamentos que auxiliam o sistema imunológico do paciente a atacar as células cancerígenas. Geralmente é recomendada para casos avançados da doença, inclusive metastáticos.

Gostou do conteúdo sobre os diferentes aspectos do câncer de cabeça e pescoço? Para saber mais sobre a prevenção de neoplasias, fatores de riscos e outros assuntos relacionados, acompanhe as nossas redes sociais!

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *