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Exame Papanicolau e vacina contra o HPV: saiba mais sobre esses aliados contra o câncer de colo do útero

01/06/2023

Centro de Oncologia do Paraná

Entre as particularidades do câncer de colo do útero estão o fato de ser um tumor que pode ser prevenido, pois depende, na grande maioria dos casos, da presença do papilomavírus humano, o HPV, para acontecer. Na mesma medida, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse é o quarto tipo de tumor com maior mortalidade entre as mulheres.

Há diferentes motivos para os números de pacientes afetadas pela doença não reduzirem, os quais envolvem preconceito, falta de informação e a baixa adesão à vacina, conforme mostramos no post anterior.

Sabendo dessa realidade e da importância da prevenção dessa doença, que atinge cerca de 570 mil mulheres por ano em todo o mundo, vamos falar sobre o exame de Papanicolau e a vacinação de meninas e meninos, sendo esse um procedimento preventivo essencial.

Confira e saiba mais sobre esse importante assunto!

O que é o exame Papanicolau?

O Papanicolau é um exame ginecológico de citologia vertical realizado em mulheres a partir dos 25 anos que tenham vida sexual ativa. Recebeu esse nome graças ao médico romeno e criador do procedimento, Geórgios Papanicolau, pioneiro nos estudos citológicos.

É comum que algumas mulheres sintam medo ou receio do exame, no entanto o mesmo, realizado no próprio consultório do ginecologista, é simples, rápido, normalmente indolor e imprescindível para avaliar a saúde feminina.

Na prática, o Papanicolau consiste na coleta de células do colo do útero com o objetivo de diagnosticar lesões ou alterações que possam indicar o HPV, maior causador dos tumores do colo uterino. Além disso, o procedimento também diagnostica outras doenças sexualmente transmissíveis.

Caso sejam encontradas quaisquer alterações, passam a ser indicados outros exames, bem como o material coletado segue para biópsia.

Quem deve tomar a vacina contra o HPV?

Como citamos, o Papanicolau é o exame responsável pela detecção do papilomavírus humano, o que auxilia diretamente na prevenção e diagnóstico precoce de tumores, levando à cura na maioria dos casos.

Entretanto, tão importante quanto as mulheres com vida sexual ativa se cuidarem, é vacinar meninas e meninos contra o HPV. Desde 2014, o Ministério da Saúde oferece gratuitamente a vacina quadrivalente para meninas de 9 a 13 anos.

Em 2017, as meninas de 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos também foram incluídos no esquema vacinal, o qual abrange 2 doses, sendo a segunda aplicada 6 meses após a primeira. Para pessoas com HIV o esquema vacinal inclui 3 doses e a faixa etária é mais ampla, de 9 a 26 anos.

Outros grupos podem se vacinar em serviços privados. Nesse caso, a vacina quadrivalente está aprovada para prevenção de lesões genitais pré-cancerosas do colo do útero, vulva e vagina e verrugas genitais relacionadas aos HPV 6, 11, 16 e 18.

Já a vacina bivalente está aprovada para prevenção de lesões genitais pré-cancerosas do colo do útero, vulva e vagina relacionadas aos HPV 16 e 18.

Todavia, apesar de existir um meio eficiente de prevenção como é o caso da vacina, a baixa adesão é um fato que precisa ser mudado no Brasil. Infelizmente, mitos como ideia de que a vacinação estimula o início da vida sexual ou causa efeitos colaterais graves, contribuem para essa triste realidade.

Por isso, é essencial conscientizarmos não só as mulheres quanto a importância dessa e outras condutas para evitarem o câncer de colo do útero, mas pessoas de todas as idades responsáveis pela saúde das crianças que um dia se tornarão adultos sexualmente ativos.

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