Em um conteúdo anterior, relacionado à campanha Agosto Branco, mês de conscientização sobre o câncer de pulmão, nós falamos sobre alguns aspectos gerais a respeito dessa neoplasia, que tem as maiores taxas de mortalidade no mundo todo.
Dando continuidade ao assunto, assim como outros tipos de câncer, o de pulmão ainda é cercado de muitas dúvidas e informações equivocadas.
Pensando nisso, neste artigo, que contou com o apoio do cirurgião torácico, Dr. Allan Ferrari, trouxemos cinco mitos e verdades sobre a doença. Acompanhe e fique por dentro.
1- O tabagismo é o único fator de risco para o câncer de pulmão
Mito. Apesar de o tabagismo ser o principal fator de risco para o câncer de pulmão, você precisa saber que existem outros. São eles:
- exposição à poluição do ar, que pode conter agentes cancerígenos;
- histórico familiar;
- síndromes genéticas;
- idade avançada (mais de 50 anos);
- infecções pulmonares de repetição;
- exposição a agentes químicos ou físicos, como urânio, água potável com arsênico, amianto e fuligem.
2- O cigarro eletrônico pode causar câncer de pulmão
Verdade. Os líquidos dos cigarros eletrônicos expõem o organismo a diversos elementos químicos, os quais podem contribuir com o crescimento desordenado e descontrolado das células, levando à formação de tumores.
3 – Se eu não fumo, mas convivo em ambientes fechados com fumantes, posso ter câncer de pulmão
Verdade. Assim que uma pessoa acende um cigarro, parte da fumaça vai para o ambiente. Quem estiver próximo e inalá-la, pode ser considerado um fumante passivo. Isso significa que o não-fumante fica exposto aos componentes tóxicos e cancerígenos contidos na fumaça do tabaco, o que aumenta o seu risco de desenvolver câncer de pulmão.
4- Fumar narguilé não é um fator de risco para o câncer de pulmão.
Mito. No narguilé, estão presentes nicotina e diversas outras substâncias tóxicas. Para se ter ideia, estima-se que uma hora de “sessão” de narguilé equivale a 100 cigarros. Sendo assim, existem sim riscos de desenvolver doenças pulmonares, incluindo o câncer de pulmão.
5- Alguns ambientes de trabalho podem oferecer risco de desenvolver o câncer de pulmão
Verdade. Isso porque alguns ambientes de trabalho podem ter concentração de agentes cancerígenos como os citados nos fatores de risco, incluindo os setores de construção, indústrias e mineração.
É importante que estes trabalhadores utilizem equipamentos de proteção individual apropriados e haja controle de engenharia, como áreas de ventilação, por parte das empresas.
Informação é fundamental para o diagnóstico precoce do câncer de pulmão
A informação é uma importante ferramenta de conscientização sobre o câncer de pulmão. Afinal, quanto mais você sabe, mais pode cuidar de sua saúde.
Nesse contexto, é importante dizer que o diagnóstico precoce faz toda diferença nas taxas de cura. Devemos estimular pacientes fumantes ativos e passivos (principalmente aqueles com mais de 30 anos de exposição tabágica) a realizarem uma avaliação com médico especialista regularmente. Então, fique alerta aos seguintes sinais:
- tosse persistente, que não passa ou piora com o tempo;
- tosse com sangue;
- dor no peito;
- rouquidão;
- falta de ar;
- crises frequentes de pneumonia ou bronquite;
- perda de peso e apetite, sem explicação;
- fraqueza ou cansaço constantes.
Caso ocorram um ou mais deles, procure um médico. Por mais que, na maior parte dos casos, os sintomas estejam ligados a condições benignas, é importante investigar.
Vale ressaltar que o ideal é uma avaliação precoce nos pacientes de alto risco antes mesmo que possíveis sintomas se apresentem, pois normalmente os tumores de pulmão começam a apresentar sintomas quando já se encontram em estágios não curativos.
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