O câncer surge a partir de alterações no DNA das células. Entre os tipos diferentes da doença, temos o câncer de pele, que é dividido em duas classificações, não melanoma e melanoma. A primeira é mais frequente e representa cerca de 30% de todos os tumores malignos no Brasil, já o melanoma é mais raro e corresponde a apenas 3% das neoplasias malignas do órgão.
Estima-se que, em 2020, apareceram 8.450 novos casos de melanoma, sendo 4.200 em homens e 4.250 em mulheres. Apesar dos números de novos casos não serem altos, este câncer de pele é bastante agressivo e, se não diagnosticado e tratado na fase inicial, tem grande chance de progredir rapidamente para metástases.
Para esclarecer melhor sobre esta doença, conversamos com o cirurgião oncológico, que faz parte do grupo por área de atuação (GAA) de tumores de pele, Dr. Eurico Cleto Ribeiro de Campos, que explicou tudo que você precisa saber sobre a doença. Confira.
O que é melanoma e como se inicia
Mais frequente em adultos brancos, o melanoma tem origem nos melanócitos, células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele. Podemos dizer que ocorrem danos no DNA dos melanócitos, resultando no aparecimento de células cancerígenas. Ele pode aparecer em qualquer região do corpo, inclusive as que não estão expostas ao Sol.
Conheça os fatores de risco para o melanoma
Existem aspectos ou hábitos que aumentam o risco de desenvolver o melanoma, sendo os principais:
- exposição repetida e por muito tempo ao Sol, em especial, na infância e adolescência, por ser um período da vida mais suscetível aos efeitos danosos da radiação ultravioleta;
- exposição a câmaras de bronzeamento artificial, devido à radiação ultravioleta.
- histórico na família de câncer de pele;
- características pessoais, sendo pele e olhos claros, cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino.
Preste atenção para o aparecimento desses sinais
Como você já sabe, para melhores resultados com o tratamento, é importante o diagnóstico precoce do melanoma. Por isso, deve ficar atento a esses sinais:
- aparecimento de pinta de bordas irregulares, com mais de um tom de cor, que pode ser acompanhada de coceira e descamação;
- feridas que não cicatrizam;
- vermelhidão ou inchaço;
- sinais ou pintas que mudam de tamanho, cor ou relevo.
Formas de prevenção
A prevenção do melanoma está associada a alguns dos fatores de riscos que levam à doença:
- evite exposição ao Sol no período de maior incidência da radiação, entre 10h e 16h;
- mesmo nos outros períodos do dia, é importante utilizar filtro solar na pele e nos lábios, bem como óculos solares com proteção contra os raios UV e outros acessório que protegem. Isso vale também para quando está nublado;
- para os trabalhadores que atuam ao ar livre, além do protetor solar, é importante se resguardar do sol, usando chapéu, camisa de manga longa e calça comprida.
Tratamentos disponíveis
Dependendo do estágio do melanoma, são indicadas a radioterapia, a quimioterapia e a imunoterapia, mas a cirurgia é o tratamento comumente mais utilizado para a retirada da lesão. Vale frisar que técnicas novas de imunoterapia têm aumentado as taxas de controle e sobrevida do melanoma, sendo o principal avanço atual.
É importante você saber que, em muitos casos, o melanoma tem cura. Porém, é preciso procurar um especialista no caso de apresentar os sintomas aqui citados, para que haja um diagnóstico precoce e, assim, o tratamento tenha melhores resultados.
O Centro de Oncologia do Paraná dispõe dessa estrutura para os tratamentos deste e todos os outros tipos de câncer.
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