O câncer não é uma única doença, mas sim um conjunto de diversas enfermidades que variam conforme a localização, o comportamento e a resposta aos tratamentos. No caso do câncer de mama, os tumores podem ser divididos em diferentes subtipos histológicos e de classificação molecular.
Conhecer cada um deles e como a doença se comporta em cada paciente permite aos especialistas definirem como será o tratamento de forma mais personalizada e assertiva. Alguns anos atrás, os protocolos eram praticamente os mesmos para todas as pacientes. Atualmente, com as inovações da Medicina e uma maior individualização, hoje é possível chegar a taxas de cura de até 95%.
Além disso, ao longo dos últimos anos também vêm surgindo novas pesquisas, medicamentos e equipamentos, que englobam desde o diagnóstico até o tratamento do câncer e servem como importantes aliados para o combate aos diversos tipos de tumores da mama.
Tipos histológicos do câncer de mama: conheça cada um deles
Para que um tumor seja classificado, devem ser considerados, entre outros fatores, a localização onde o mesmo se originou, sua extensão, potencial de crescimento, presença de receptores hormonais (progesterona e/ou estrogênio) e expressividade ou não da proteína HER2, a qual estimula o processo de divisão celular.
Os tipos histológicos do câncer de mama, responsáveis por apontar o local de origem e a forma como os tumores se desenvolvem, são:
- carcinoma ductal in situ: afeta os ductos da mama, ou seja, os canais do leite materno, e não atinge outros tecidos. Em linhas gerais, trata-se do primeiro estágio da doença, quando ainda não possui potencial invasivo;
- carcinoma ductal invasivo: também se inicia nos ductos mamários, mas nesse caso rompe os mesmos e se desenvolve nos tecidos vizinhos, bem como pode atingir outros órgãos do corpo, sendo conduzido por veias e/ou vasos linfáticos;
- carcinoma lobular in situ: assim como o ductal in situ, trata-se do câncer de mama inicial, mas esse tipo de tumor desenvolve-se nos lóbulos da mama, ou glândulas produtoras de leite;
- carcinoma lobular invasivo: nasce nos lóbulos da mama, mas, ao contrário do carcinoma lobular in situ, pode atingir outros tecidos e órgãos.
Além desses tipos comuns, há os tumores inflamatórios, a Doença de Paget, o tumor filoide e o angiosarcoma, os quais são mais raros.
A histologia do câncer de mama é diagnosticada a partir da análise dos materiais colhidos para a biópsia, mostrando aos especialistas o grau da doença, as condutas de tratamento a serem tomadas, os exames necessários para o estadiamento, entre outros dados importantes.
Classificação molecular do câncer de mama
Além do tipo histológico de um tumor de mama, é fundamental ter o conhecimento sobre a presença ou não de hormônios e da proteína HER2, de modo que os protocolos de tratamento estabelecidos pelos especialistas sejam condizentes com a resposta dos diferentes tipos de tumores aos medicamentos e procedimentos. A classificação molecular é dividida da seguinte forma:
Luminal A: tumores que apresentam receptores de estrogênio e progesterona positivos, não apresentam a expressão da proteína HER2 (HER2 negativo) e possuem crescimento mais lento;
Luminal B: também possuem receptores hormonais positivos, não expressam a proteína HER2 (HER2 negativo) e apresentam um nível mais acelerado de proliferação celular;
HER2: são receptores hormonais negativos, mas têm a expressão da proteína HER2 (HER2 positivo);
Triplo Negativo: não possuem nem expressão hormonal, nem a proteína HER2, sendo negativo, portanto, para estrogênio, progesterona e HER2. Geralmente, esse tipo de câncer de mama ocorre com mais frequência em mulheres jovens e em mulheres negras.
Quando se trata do câncer de mama, é muito importante ter o máximo de detalhes sobre a doença. Assim, o paciente passa a compreender de forma mais clara o que é dito pelos médicos e tem informações suficientes para dialogar com mastologistas e oncologistas a respeito dos caminhos do tratamento.
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