Esse tipo de tumor é classificado como um dos mais perigosos. Saiba mais
Já está comprovado que quanto mais cedo um câncer for diagnosticado, maior é a chance de eficácia do tratamento e a cura. Estudo feito pelo Global Cancer Observatory e pela International Agency for Research on Cancer, entidades associadas à Organização Mundial da Saúde – OMS, apontou os seis tipos de câncer mais perigosos, que são: pâncreas, vesícula biliar, esôfago, fígado, pulmão e cérebro.
Por isso, destaca a oncologista clínica Rayana Pecharki Teixeira Alves Postai, do COP – Centro de Oncologia do Paraná e membro da equipe de Tumores Torácicos, quanto mais precocemente a doença for descoberta, mais eficiente será o tratamento e mais chances o paciente tem de sobreviver. “É fundamental, por essa razão, ficar atento aos sintomas e manter o check-up em dia. Se você perceber qualquer sinal de mudança no corpo, procure um médico para investigar”, ressalta.
O câncer de pulmão tem por características ser silencioso e diagnosticado já em estágios avançados. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, é o terceiro mais comum em homens (18.020 casos novos) e o quarto em mulheres (14.540 casos novos), totalizando 32.560 novos casos – sem contar o câncer de pele não melanoma.
A principal causa do câncer de pulmão é o tabagismo ou a exposição ao fumo passivo. “Por isso a importância da prevenção, que é parar, definitivamente, de fumar. Além de reduzir a possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer, pode prevenir outros também, como bexiga, boca, pâncreas, entre outros. Por isso é tolerância zero com o tabagismo”, aponta Dra. Rayana Pecharki Teixeira Alves Postai. A médica acrescenta que mudanças de hábito de vida também ajudam na prevenção do câncer, como a prática de atividades físicas, sono regular, controle de peso e alimentação saudável.
Fique atento aos sinais
- Tosse persistente
- Escarro com sangue (secreção, também conhecida como catarro, produzida pela expectoração)
- Dor no peito
- Rouquidão
- Piora da falta de ar
- Perda de peso e de apetite
- Pneumonia recorrente ou bronquite
- Sentir-se cansado ou fraco
- No caso dos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns.
Diagnóstico e tratamento
Para o diagnóstico, estudos recentes recomendam que pessoas com alto risco de câncer de pulmão (fumantes e ex-fumantes), com mais de 55 anos, façam uma tomografia de tórax anual para um possível diagnóstico caso não apresentem sintomas. Havendo suspeita da doença, poderá ser solicitado raio X de tórax ou tomografia e também biópsia, que é o exame que irá confirmar a presença de células neoplásicas.
Cirurgia, radioterapia, quimioterapia, uso de novas moléculas, imunoterapia ou a combinação de alguns desses tratamentos são indicados para os pacientes com esse tipo de tumor. “É importante conhecer os marcadores do tumor e as alterações genéticas que ele possa carregar e com isso – com base nos painéis que ele apresenta – propor um tratamento personalizado”, explica Dra. Rayana Pecharki Teixeira Alves Postai.