O câncer colorretal, que afeta o intestino grosso e o reto (parte distal do intestino grosso), é o terceiro mais frequente entre os brasileiros, sem contar o câncer de pele não melanoma. A campanha Março Azul-Marinho foi criada para alertar homens e mulheres sobre a doença e a importância da prevenção e diagnóstico precoce.
Uma característica importante desta neoplasia é que ela pode ser prevenida através da mudança de hábitos e realização de check-ups periódicos. Para esclarecer este assunto, conversamos com o oncologista clínico, Dr. Rafael Vanin de Moraes. Confira o conteúdo e fique por dentro.
Quais são os fatores de risco do câncer colorretal que não podem ser alterados?
Os fatores de risco são divididos em não evitáveis e evitáveis. Os que não podem ser alterados são:
– idade, pois os tumores do cólon e reto acometem com mais frequência, pessoas acima dos 50 anos. No entanto, estudos apontam que há um aumento deste tipo de câncer também nas pessoas mais jovens;
– histórico familiar em parentes de primeiro grau, seja de câncer colorretal ou pólipos adenomatosos;
– história pessoal de pólipos adenomatosos ou doenças inflamatórias intestinais, como colite ulcerativa e Doença de Crohn;
– etnia, sendo que pessoas negras e judeus de origem europeia oriental possuem um risco aumentado;
– pessoas com diabetes tipo 2;
– existência de mutações genéticas hereditárias, como a Síndrome de Lynch e polipose adenomatosa familiar (FAP), mas outras síndromes mais raras também podem aumentar o risco, como síndrome de Peutz-Jeghers e polipose MUTYH.
E quais são os fatores de risco que podem ser alterados?
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 30% dos diagnósticos de câncer colorretal podem ser evitados a partir de algumas mudanças de hábitos, que aumentam a incidência da doença. São eles:
– sedentarismo;
– obesidade
– dieta rica em carnes vermelhas e processadas e gorduras, bem como pobre em frutas, verduras, cereais e grãos;
– tabagismo;
– consumo excessivo de álcool.
Vale ressaltar que ter um ou mais fatores de risco não significa que a pessoa terá um câncer colorretal. Em contrapartida, não possuir nenhum deles também não isenta homens e mulheres de realizarem os check-ups de rotina, incluindo consultas médicas e exames de colonoscopia. Eles devem iniciar a partir dos 45 anos de idade. Já pessoas com um ou mais fatores de risco devem consultar um médico para saber com qual faixa etária e frequência o rastreamento deve ser realizado.
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