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Leucemia infantil: o que você precisa saber

01/06/2023

Centro de Oncologia do Paraná

A leucemia é o tipo mais comum de câncer entre as crianças e adolescentes, com cerca de 12 mil novos casos todos os anos.

Para esclarecer alguns aspectos importantes sobre a doença neste Fevereiro Laranja, de modo com que pais e responsáveis fiquem atentos, desenvolvemos este conteúdo, com o auxílio da oncologista pediátrica, Dra. Ana Luiza de Melo Rodrigues. Confira e fique por dentro.

Quais são os principais tipos de leucemia infantil?

A leucemia é uma neoplasia hematológica que se desenvolve na medula óssea, local onde são produzidas as células do sangue. São dois os tipos mais comuns da leucemia infantil:

  • leucemia linfoblástica aguda (LLA) – é o subtipo mais comum em crianças e adolescentes, representando 85% dos casos. A LLA afeta as células linfoides, tipo de glóbulo branco que faz parte do sistema imunológico;
  • leucemia mieloide aguda (LMA) – mais rara, sendo diagnosticada em cerca de 15% dos pacientes. A LMA afeta as células que dão origem aos elementos do sangue.

Por que a leucemia ocorre nas crianças e adolescentes?

É importante dizer que a leucemia infantil não tem como fatores de risco hábitos de vida, mas sim, diz respeito à questão genética.

Apesar de não se ter muito claras as causas da doença nesta faixa etária, existem algumas síndromes e doenças genéticas que aumentam a predisposição, sendo as principais:

  • síndrome de Down;
  • síndrome de Warkany;
  • síndrome de Kostmann;
  • síndrome de Schwachman-Diamond;
  • síndrome de Li-Fraumeni;
  • neurofibromatose;
  • anemia de Fanconi;
  • ataxia telangiectasia;

Também é um fator de risco a quimioterapia ou radioterapia em crianças e adolescentes, durante o tratamento de outros tipos de cânceres.

Para quais sintomas da leucemia infantil os pais e responsáveis devem ter atenção?

Apesar de nem sempre os sintomas aparecerem na fase inicial da leucemia infantil, é preciso estar atento aos seguintes sinais:

  • fadiga;
  • palidez;
  • sangramento na gengiva ou nasal, sem causa aparente;
  • manchas roxas na pele;
  • presença de petéquias (manchas avermelhadas de tamanho pequeno);
  • febre sem causa aparente com certa regularidade;
  • infecções recorrentes;
  • aumento do fígado ou baço;
  • dor nos ossos e articulações.

Como é feito o diagnóstico?

Quando os pais procuram o pediatra em função, normalmente, de sintomas, o especialista solicita primeiramente um hemograma completo, o qual aponta os níveis dos componentes do sangue que podem ser sugestivos da doença.

Conforme o resultado, o paciente é encaminhado a um especialista em oncologia pediátrica, que realiza o mielograma (aspirado da medula óssea), se necessário a biópsia da medula óssea, testes genéticos como cariótipo e estudo molecular, imunofenotipagem e, se necessários, exames de imagem.

O intuito com os exames é confirmar se existe a doença, avaliar sua extensão e definir o melhor tratamento para cada caso.

De que forma é feito o tratamento?

Geralmente, o tratamento da leucemia infantil é por meio da quimioterapia, no intuito de destruir as células cancerígenas, podendo ou não ser associada à radioterapia.

No caso da LLA, usam-se doses menores da quimioterapia por um período mais amplo, enquanto no tipo de leucemia LMA são administradas altas doses, porém por um período de tempo menor.

Dependendo do caso, o tratamento pode contar, ainda, com a terapia-alvo/imunoterapia, que utiliza medicamentos para atingir as células doentes, preservando as saudáveis. Além disso, para uma pequena porcentagem dos pacientes, pode haver a necessidade de um transplante de medula óssea e/ou terapia com CAR T CELL.

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