NOSSO BLOG

Janeiro Verde: entenda como são feitos o diagnóstico e o tratamento do câncer de colo do útero

01/06/2023

Centro de Oncologia do Paraná

Em seus estágios iniciais, o câncer de colo do útero não apresenta sintomas. Por este motivo, somado à frequência desta neoplasia, terceira mais comum entre as mulheres no Brasil, é fundamental alertar sobre a vigilância contínua, por meio de medidas preventivas.

O diagnóstico das lesões pré-cancerígenas, sobre as quais falamos em um conteúdo anterior, assim como aquelas que já se tornaram malignas, é feito pelo exame de Papanicolau. Este, se apresentar resultados anormais, é seguido pela colposcopia (que permite a visualização do colo do útero e da vagina com lentes de aumento) e pela biópsia do tecido do colo do útero.

Além disso, pode haver suspeita, no caso dos tumores avançados, quando a mulher apresenta sintomas como sangramento vaginal anormal e dor durante a relação sexual.

Caso a neoplasia seja diagnosticada, a conduta dos ginecologistas é encaminhar a paciente para a avaliação de um oncologista clínico ou cirurgião com foco em tumores ginecológicos. Estes especialistas darão encaminhamento ao protocolo de tratamento mais indicado para cada caso.

Pensando em esclarecer quais são os principais, conversamos com o cirurgião oncológico com foco em tumores ginecológicos, Dr. Fabio Fin. Confira o post e saiba mais sobre este importante assunto.

Tratamento das lesões não-cancerígenas

Quando as lesões ainda não atingiram o potencial de malignidade, normalmente são tratadas com cirurgia via vaginal para remoção do local acometido. Esta é chamada de conização ou CAF. O material ressecado é enviado à patologia para ver se foi feita e remoção completa. Uma vez que as células anormais são removidas, o próprio organismo se encarrega de desenvolver células novas e saudáveis.

Já nos casos de áreas lesionadas maiores, os médicos podem optar pela remoção cirúrgica de parte ou todo o colo do útero. Esta técnica costuma apresentar resultados excelentes curativos e sem prejudicar o desejo de fertilidade.

Tratamento do câncer do colo do útero

Nos casos em que a biópsia traz o resultado positivo para o câncer de colo do útero, os médicos solicitam exames complementares para o estadiamento da doença. Ou seja, avaliar a sua extensão. Os principais são a ressonância e a tomografia.

Com os resultados, se define o tratamento mais adequado para a paciente. Podem ser realizados, de forma isolada ou em conjunto, os seguintes protocolos:

– Cirurgia: quando o tumor está restrito ao colo do útero, geralmente a cirurgia é suficiente. Por vezes, ela pode ser complementada com a radioterapia ou quimioterapia. Para aquelas mulheres que desejem ter filhos há um tratamento proposto para a remoção do tumor, preservando a fertilidade. Este é o grande avanço médico aliado à tecnologia para o tratamento destas lesões com o mesmo potencial curativo;

– Radioterapia: costuma ser indicada concomitante a quimioterapia para tratamento do câncer. Geralmente é proposto uma sessão diária por 4 a 5 semanas;

– Braquiterapia: é uma forma de radioterapia em que materiais radioativos são implantados próximos do tumor via vaginal para complementar o tratamento após a radioterapia externa. Nesta fase de tratamento são realizados geralmente 4 sessões;

– Quimioterapia: pode ser usada em casos específicos isoladamente ou em conjunto com a radioterapia. Também é aplicada para evitar que o câncer crie metástases para outros órgãos;

– Imunoterapia: trata-se do uso de medicamentos para estimular o sistema imunológico da paciente a reconhecer e destruir as células cancerígenas. Em casos específicos pode ser usada no tratamento da recidiva ou da disseminação do câncer de colo do útero.

Como você viu, é possível indicar diferentes tipos de tratamentos para o câncer de colo do útero. Lembrando que se trata de um tumor com desenvolvimento lento, a partir de lesões pré-cancerígenas.

Por isso, a prevenção, o acompanhamento médico regular e o diagnóstico precoce são essenciais para a menor agressividade dos protocolos e aumento das taxas de cura.

Se você gostou deste conteúdo, continue acompanhando o nosso blog para saber mais sobre este e outros assuntos!

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *