O câncer de colo do útero, alvo da campanha Janeiro Verde-piscina, tem como principal fator de risco a infecção pelo papilomavírus humano (HPV). Além disso, vale citar que o vírus também pode levar a outros tipos de neoplasias.
Para esclarecer o assunto e conscientizar mais mulheres a cuidarem da própria saúde, preparamos este conteúdo, que contou com a ajuda da oncologista clínica, Dra Emanuella Benevides Poyer. Confira e fique por dentro das principais informações sobre o HPV.
O que é o HPV?
HPV é uma sigla em inglês para papilomavirus humano. Os HPVs são vírus que podem infectar mucosas ou pele. Há mais de 200 tipos diferentes, mas 40 subtipos podem infectar o trato ano-genital. A infecção pelo HPV é frequente, mas transitória, regredindo na maioria das vezes. Pode se manifestar como uma simples verruga ou produzindo lesões mais graves.
Não são todos os tipos do vírus que podem evoluir para o câncer do colo do útero. Porém, existem ao menos 13 subtipos considerados de alto risco para a doença, sendo o HPV- 16 e 18 os responsáveis por 70% dos diagnósticos no mundo.
Como é a transmissão do vírus?
É importante dizer que não é apenas a relação sexual em si que pode transmitir o HPV, pois o contágio ocorre pelo contato genital-genital e genital-oral.
Por isso, apenas o uso de preservativo não protege totalmente contra o HPV. São necessários outros cuidados também.
Para quais sintomas ficar atenta?
Em geral, a infecção pelo HPV costuma ser assintomática, sendo que muitas vezes o próprio sistema imunológico é capaz de eliminar o vírus.
Porém, quando se instala e a pessoa está com a imunidade baixa, por exemplo, podem ocorrer os seguintes sintomas conforme a infecção evolui:
- verrugas genitais (uma apenas ou várias, de tamanho variado);
- lesões na região pubiana, na região da boca, no colo do útero ou ânus.
Como o HPV é diagnosticado?
Quando causa sinais e as lesões podem ser vistas ao olho nu, são feitos exames clínicos e laboratoriais para diagnosticar a infecção.
Mas como nem sempre o vírus causa sintomas, como nos casos das lesões subclínicas, estas podem ser detectadas no exame preventivo de rotina, no caso das mulheres, o Papanicolau.
Quais são os tratamentos para o HPV?
Quando o organismo não elimina o vírus, é possível tratar as lesões que ele pode causar. O médico pode recomendar tratamento com creme, laser, cauterização elétrica ou cirurgia, dependendo de caso a caso.
Qual a influência do HPV em relação ao câncer do colo do útero?
A principal causa do câncer do colo do útero é a infecção persistente pelos subtipos HPV-16 e HPV-18.
Além do HPV, outros fatores associados aumentam o risco de desenvolver essa neoplasia, como o tabagismo, baixa imunidade e predisposição genética.
Como prevenir a infecção?
As principais formas de prevenir a infecção persistente pelo HPV são:
- realizar o Papanicolau de rotina, no intuito de detectar e tratar as lesões pré-cancerígenas;
- manter consultas periódicas com o ginecologista, que pode detectar lesões durante a avaliação clínica;
- usar preservativos durante a relação sexual (o que reduz o risco, mas não protege totalmente);
- vacinação contra o HPV pela rede pública antes do início da atividade sexual, para meninas e meninos entre 9 e 14 anos de idade, ou pela rede privada até os 45 anos;
- evitar o tabagismo e manter hábitos saudáveis para se ter uma boa imunidade.
Como você viu, apesar de ser um vírus potencialmente perigoso, podendo levar ao câncer, é possível prevenir e tratar as infecções pelo HPV. Portanto, não deixe de cuidar da própria saúde.
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