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Cigarro eletrônico: 4 mitos e verdades sobre esses dispositivos

17/07/2023

Centro de Oncologia do Paraná

Apesar de serem proibidos para venda pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os cigarros eletrônicos são comercializados amplamente no Brasil e, infelizmente, o número de pessoas que os utilizam vem aumentando.

Inclusive, o maior público desse tipo de produto são os jovens. Prova disso é um estudo feito por epidemiologistas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e publicado no periódico científico Cadernos de Saúde Pública.

O trabalho analisou a prevalência de uso dos dispositivos em todas as regiões do Brasil e verificou que cerca de 80% das pessoas que já os consumiram têm entre 18 e 34 anos. Além disso, foi constatado que um em cada cinco jovens de 18 a 24 anos já fez uso deles.

Entre as razões para isso está a falta de conhecimento sobre os malefícios para a saúde, que não são poucos.

Pensando em alertar as pessoas sobre o assunto, com o auxílio da cirurgiã de cabeça e pescoço, Dra. Debora Mattana Teixeira, preparamos este conteúdo com quatro mitos e verdades sobre esses aparelhos. Confira e fique por dentro.

1. O cigarro eletrônico é fator de risco para várias doenças

Verdade. Ainda há diversos estudos em andamento para comprovar a relação desses dispositivos com diferentes patologias, mas já se sabe que eles são fator de risco para tumores como os de boca, garganta e pulmão.

Para se ter ideia, uma pesquisa inédita, a qual analisou informações de 154.856 pacientes (consumidores de cigarros convencionais, eletrônicos ou eram não fumantes) publicada na revista científica World Journal of Oncology, descobriu que usuários de cigarro eletrônico são diagnosticados com câncer quase 20 anos antes do que os fumantes convencionais.

Além da ocorrência de tumores, as pessoas usuárias desses aparelhos têm mais chances de sofrer infarto agudo do miocárdio e de doenças respiratórias, como a asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

2. Esse tipo de dispositivo não vicia

Mito. Na composição dos cigarros eletrônicos há substâncias altamente viciantes como a nicotina. Apesar de alguns terem níveis mais baixos do que os tradicionais, ainda assim podem levar à dependência.

3. É um bom recurso para parar de fumar

Mito. Muitos acham que, ao substituir o cigarro convencional pelo eletrônico, com o tempo, é possível cessar completamente o tabagismo. Porém, tanto pela composição, que, como citado contém nicotina, há o hábito psicológico, que permanece independentemente do produto.

Além do mais, o uso do cigarro eletrônico pode até mesmo piorar a situação, pois muitos fumantes passam a fazer uso dos dois tipos.

4. O produto pode explodir

Verdade. Um cigarro eletrônico nada mais é do que um dispositivo elétrico e, como tal, está suscetível a explosões. Isso pode acontecer na boca, no bolso e nas mãos, por exemplo, causando queimaduras e ferimentos graves. Esse é mais um motivo pelo qual não vale a pena arriscar.

Essas são apenas algumas informações importantes sobre esses dispositivos com fama de mais saudáveis ou inofensivos, mas que, na verdade, podem afetar seriamente a saúde.

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