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Câncer de testículo: saiba mais sobre essa doença que costuma afetar homens jovens

01/06/2023

Centro de Oncologia do Paraná

Ao contrário de outros tumores que afetam os homens, como o de próstata, por exemplo, mais comum acima dos 50 anos de idade, o câncer de testículo possui a característica de acometer aqueles que estão em idade reprodutiva, entre os 15 e os 50 anos.

Por esse motivo, muitos, ao observarem alterações, deixam de procurar um médico quando a doença ainda se encontra em estágio inicial.

Pensando em informá-los neste Abril Lilás, mês de conscientização sobre a neoplasia, desenvolvemos este conteúdo, que contou com a participação do urologista, Dr. Antonio Brunetto Neto.

O que é o câncer de testículo?

A doença é caracterizada pelo crescimento anormal das células, que passam a se multiplicar de forma desordenada. Também conhecido como tumor de células germinativas, corresponde a 5% do total de cânceres que atingem a população masculina no mundo.

Há dois tipos principais de câncer de testículo:

  • tumores não seminomatosos: correspondem a 60% dos casos e surgem antes dos 30 anos de idade;
  • tumores seminomatosos: costumam aparecer entre os 30 e 40 anos, representando 40% dos casos;
  • além disso, existem os raros como linfomas, sarcomas e tumores de Sertoli e Leydig.

Vale ressaltar que pode acontecer de a neoplasia ser confundida com orquiepididimites, que consistem numa inflamação dos testículos e dos epidídimos (canal localizado atrás do testículo responsável por coletar e carrega o esperma).

Por esse motivo, uma avaliação criteriosa é fundamental. Os tumores, apesar de terem altas taxas de cura, possuem um perfil agressivo, ou uma rápida capacidade de evolução graças ao índice de duplicação das células tumorais.

Quando não são detectados em estágios iniciais, podem evoluir para regiões à distância, o que chamamos de metástases, reduzindo as chances de cura pela metade.

Por que esse tipo de câncer acomete homens mais jovens?

O motivo para este tipo de tumor aparecer mais em jovens está ligado ao fato de que as alterações celulares, iniciadas na infância, já estejam desenvolvidas nessa faixa etária, levando à ocorrência do câncer.

Além disso, fatores hereditários como a criptorquidia (quando o testículo não desce até a bolsa escrotal durante a gestação), histórico familiar e presença de apenas um testículo também podem elevar os riscos.

Quais são os sintomas do câncer de testículo para ficar atento?

Para que os homens possam ter um diagnóstico precoce, devem ter atenção a certos sinais da doença. São eles:

  • alterações nos testículos (aumento ou diminuição de tamanho e mudanças na consistência);
  • dor imprecisa no abdômen inferior;
  • sinais inflamatórios como vermelhidão e inchaço;
  • presença de sangue na urina;
  • sensibilidade nos mamilos.

Como é feito o diagnóstico da doença?

É importante que, por volta dos 20 anos de idade, os homens passem a fazer o autoexame dos testículos uma vez por mês. Ao detectar quaisquer alterações, como a presença de nódulos (caroços), devem procurar um urologista.

O diagnóstico se dá por meio da avaliação clínica, junto aos marcadores de sangue alfa-fetoproteína (AFP), beta HCG e lactato desidrogenase (LDH), e exames de imagem como ultrassonografia e a ressonância magnética da bolsa escrotal.

Em caso de suspeita, a confirmação do diagnóstico é feita em cirurgia. No mesmo procedimento, é realizada a retirada do testículo afetado e inserida uma prótese de silicone, com o objetivo de manter o aspecto estético da glândula.

Lembrando que isso não afeta a função sexual. Além disso, a capacidade de ter filhos é mantida, desde que o outro testículo esteja saudável.

Caso a doença seja detectada, o tratamento varia conforme o estágio. Além da cirurgia, pode ser associado a quimioterapia e, ainda, a radioterapia.

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