Você provavelmente conhece ou conhecerá alguém que tem câncer de pele. O motivo para essa afirmação é que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil são desse tipo, o que equivale a cerca de 180 mil novos casos por ano. Apesar dos altos índices de cura, quase 1800 pessoas morrem todos os anos em decorrência da doença.
“Os percentuais de cura do câncer de pele são altos, desde que seja detectado precocemente. No entanto, o mais importante de antemão é saber se trata-se de um tipo melanoma ou não-melanoma”, alerta a Dra. Raquel Cristina Dalagnol, oncologista do Centro de Oncologia do Paraná. “Enquanto o de não-melanoma, que pode ser dividido carcinoma basocelular e epidermoide é menos agressivo, o melanoma é mais perigoso e exige comumente radioterapia e imunoterapia”, explica.
Por que o diagnóstico precoce é fundamental
A especialista afirma que quando o melanoma já se espalhou para outros órgãos, gerando metástases, é praticamente incurável na maioria dos casos. “Desse modo, o tratamento passa a ser apenas para diminuir sintomas e melhorar a qualidade de vida. Portanto, o diagnóstico precoce é essencial”, afirma.
Pessoas de pele clara, com pintas e mais sensíveis a raios solares são as vítimas mais comuns do câncer de pele. Nesse sentido, estações mais ensolaradas como a Primavera e o Verão tendem a ser as mais perigosas para adquirir a doença. “A exposição excessiva é a principal causa”, diz Raquel. “A radiação ultravioleta é a maior responsável pelos tumores. No caso dos carcinomas, os sintomas são equivalentes a sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda da elasticidade”, comenta.
Já o melanoma, mais grave, tem a aparência de uma ou mais pintas, quase um “sinal” na pele, em tons de castanho ou preto. Como se desenvolve nas camadas mais superficiais da pele, se detectado precocemente tem até 90% de chances de cura. Ao contrário, quando atinge estágios mais avançados, torna-se mais profundo a aumenta as chances de metástase. “É importante frisar que esse tipo de tumor pode aparecer em qualquer idade. Portanto, é importantíssimo manter uma rotina de consultas com dermatologistas e a qualquer sintoma buscar auxílio médico o quanto antes”, aconselha.
Prevenção do câncer de pele
Prevenir-se do câncer de pele é simples. “Evitar o sol no período entre 10h e 16h é o crucial”, comenta Raquel. “Fora desses horários, o sol em excesso também pode ser perigoso. Isso vale também para ambientes internos, como o trabalho, onde há predominância de lâmpadas fluorescentes”, alerta.
Usar sempre protetor solar com Fator de Proteção Solar (FPS) no mínimo 30 é recomendado, assim como reaplicar a cada 2h, se exposição solar intensa, se não, reaplicar duas vezes ao dia. Em locais muito ensolarados, a dica é cobrir com roupas leves as partes do corpo mais atingidas pelos raios UV, como as costas, nuca, pernas e braços.
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