Os meses de outubro ganham a cor rosa para alertar sobre o câncer de mama, doença capaz de atingir todas as mulheres, independentemente do histórico familiar e outros fatores. Trata-se de uma neoplasia com taxas de cura que ultrapassam os 90%, se diagnosticada em estágios iniciais.
Nesse contexto, o início da pandemia de coronavírus levou muitas pacientes a deixarem de realizar suas consultas e exames de rotina. Para se ter ideia, estima-se que, em 2020, o número de mamografias realizadas foi 42% menos quando comparado a 2019.
Felizmente, com o avanço da vacinação, esta situação tem melhorado, mas, ainda assim, há mulheres que, por outros motivos, acabam postergando os cuidados com a saúde e estão sujeitas a tratamentos mais invasivos e índices de cura menores. Pensando em alertá-las sobre a importância da prevenção, conversamos com a mastologista, Dra. Keila Ribeiro Rodrigues. Confira.
Em que idade a prevenção do câncer de mama deve ser iniciada pelas mulheres?
Apesar de o Ministério da Saúde indicar o início da mamografia anual para a prevenção do câncer de mama a partir dos 50 anos de idade, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda que este e outros exames, conforme a necessidade, sejam realizados a partir dos 40 anos. Para aquelas pacientes com histórico familiar da doença, a indicação é que o rastreamento inicie 10 anos antes da idade em que a mãe ou irmã tiveram a doença.
Estudos apontam, inclusive, que a mamografia de rotina pode reduzir em até 30% as mortes pela neoplasia, o que demonstra a importância de realizá-la todos os anos.
Quais os fatores de risco para a doença?
O câncer de mama pode acometer todas as mulheres, mesmo aquelas que não possuam alterações genéticas. O fator genético/ hereditário corresponde a aproximadamente 10% do total dos casos da doença. São mais comumente encontrados nos genes BRCA1/ BRCA2. A maioria dos tumores de mama acontecem ao acaso. Podemos citar os seguintes fatores de risco:
– primeira menstruação antes dos 12 anos de idade;
– primeira gestação tardia;
– nuliparidade (não ter tido filhos);
– menopausa após os 55 anos de idade;
– ter feito terapia de reposição hormonal pós-menopausa por período prolongado;
– sobrepeso/obesidade;
– sedentarismo (não fazer exercícios físicos);
– consumo de bebidas alcoólicas;
– casos de câncer de mama e/ou ovário na família, principalmente antes dos 50 anos de idade. O risco é maior em parentes de primeiro grau.
Fique atenta!
Além dos fatores de risco, é essencial ficar atenta a sintomas como aparecimento de nódulos mamários, lesão, inversão ou retração do mamilo, saída de secreção do mamilo com aspecto de sangue ou transparente, inchaço e/ou vermelhidão (podendo simular um processo inflamatório) e nódulo axilar.
Por isso, se você já tem 40 anos ou mais, ou casos de câncer de mama na família, é essencial realizar consulta com um mastologista, para que este indique os exames de rotina necessários para o seu caso. Cuide-se!
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