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Câncer de endométrio: diagnóstico precoce promove taxas de cura que ultrapassam 90%. Fique atenta!

01/06/2023

Centro de Oncologia do Paraná

O endométrio é a parte interna do útero, local responsável pelo desenvolvimento do feto. Ele passa por diferentes espessuras durante o ciclo menstrual, de acordo com a variação da concentração de hormônios na corrente sanguínea. Quando a mulher não engravida, ela libera no sangue uma parte do mesmo.

Este revestimento uterino também é uma das regiões do corpo da mulher que podem ser acometidas pelo câncer ginecológico, sendo inclusive um dos mais frequentes. Em contrapartida, se diagnosticado precocemente, tem altas taxas de cura.

Pensando em auxiliar as mulheres no conhecimento sobre a doença, conversamos com o cirurgião oncológico com foco no tratamento do câncer ginecológico, Dr. Fabio Fin. Confira o post e saiba mais sobre o assunto!

O câncer de endométrio pode se originar de lesões pré-malignas?

Ele pode iniciar como uma lesão pré-maligna, denominada hiperplasia atípica, ou se instalar já com características malignas. Caso não seja diagnosticado em seus estágios iniciais, o tumor cresce localmente e, além de acometer a mucosa do endométrio, pode disseminar para a camada muscular do útero, denominada miométrio.

Depois de penetrar o miométrio, o risco de as células malignas invadirem os linfonodos da pelve e do abdômen será maior, bem como os órgãos vizinhos: vagina, colo do útero, ovários, reto, sistema urinário e o interior do abdômen.

De forma mais rara, também pode se disseminar para os vasos sanguíneos, seguindo para os pulmões, fígado e ossos, por exemplo. Por isso, é fundamental que as mulheres estejam atentas ao próprio corpo e se previnam por meio de consultas e exames de rotina.

Quais os fatores de risco para a doença?

O câncer uterino ocorre com mais frequência nas mulheres após a menopausa. Isso acontece porque depois dessa idade, o endométrio tem uma tendência a ficar fino e delicado. Já nas mulheres com aumento dos níveis de estrogênio no sangue, o endométrio pode ficar mais inchado, facilitando o surgimento do câncer.

Além disso, outros fatores de risco são a obesidade, idade acima dos 50 anos, diabetes mellitus, síndrome do ovário policístico e uso isolado do estrogênio durante a menopausa.

Quais são os sinais e sintomas?

O principal sintoma relacionado ao câncer de endométrio é o sangramento semelhante a menstruação após a menopausa, mas também pode ocorrer simultaneamente ao começo da menopausa ou até antes.

Portanto, se houver sangramento em algum período em que as menstruações pararem definitivamente e/ou começar a ocorrer fora do período de menstruação, a mulher deve procurar o seu ginecologista imediatamente. Além do sangramento, outros sintomas podem ocorrer, como dificuldade ou dor ao urinar, dores na relação sexual ou dores na pelve.

Existem formas de prevenção além de consultas e exames rotineiros indicados pelo ginecologista?

Não há um método efetivo, no entanto, alguns cuidados diminuem este risco. O principal deles é adotar hábitos de vida saudáveis. Alguns exemplos são o controle do peso, atividade física regular e alimentação saudável. Além disso, ter filhos também reduz o risco deste tipo de câncer.

Como é feito o diagnóstico? E este for precoce, quais as taxas de cura em média?

O diagnóstico é feito por um procedimento simples, uma endoscopia de dentro do útero, para visualizar melhor este canal. As taxas de sucesso no tratamento, variam de acordo com o tamanho do tumor, mas em casos iniciais as chances de curam ultrapassam 90%.

Poderia citar algumas inovações no tratamento?

A cirurgia é ainda a principal forma de tratamento. Por técnicas minimamente invasivas (laparoscopia e cirurgia robótica), é possível oferecer às pacientes uma taxa de cura alta com melhor qualidade de vida e excelente recuperação no pós operatório. Em alguns casos, são indicadas a radioterapia e a quimioterapia como opção para diminuir a taxa de recorrência da doença.

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