O câncer colorretal, que atinge o cólon e o reto, tem como uma das principais características se iniciar por lesões precursoras, chamadas pólipos. Tratam-se de estruturas formadas pelo crescimento indevido da mucosa intestinal, que, conforme o tipo, têm potencial de se transformarem em tumores malignos.
Por esse motivo, o tempo para o crescimento e desenvolvimento de um tumor a partir de um pólipo é longo, permitindo sua identificação e remoção, o que significa a prevenção do câncer. Apesar disso, a mortalidade pela doença ainda é elevada, especialmente em função do diagnóstico tardio.
Quando apresenta sintomas, normalmente as neoplasias colorretais já se encontram em estágio avançado, o que aponta ainda mais a importância de realizar o rastreamento médico adequado.
Para esclarecer melhor o assunto, conversamos com o cirurgião oncológico com foco em tumores digestivos, Dr. Marciano Anghinoni. Confira o conteúdo e saiba mais.
Quais os principais sinais de um câncer colorretal?
Os sinais clínicos mais comuns destes tumores incluem:
– alterações do hábito intestinal, com alternância entre diarreia e prisão de ventre;
– dor e desconforto abdominal;
– presença de sangue e muco nas fezes;
– evacuações dolorosas;
– fraqueza;
– mudanças no formato das fezes, ficando finas e compridas;
– perda de peso inexplicada;
– náuseas e vômitos;
– flatulência (presença de gases) constante.
Lembrando que estes sintomas costumam surgir quando a doença já se encontra em estágios mais avançados, pois o câncer, em geral, é uma doença silenciosa. Por isso, é fundamental realizar o acompanhamento médico e check-ups de rotina.
Como é feito o diagnóstico dos tumores de cólon e reto?
O mais importante método para a identificação do câncer colorretal é a colonoscopia, exame que permite a visualização de todo o intestino por meio de um tubo flexível com fibra ótica na ponta, chamado colonoscópio, que é introduzido pelo reto.
Durante esse exame, o paciente se encontra sedado e o médico já pode fazer também a biópsia das áreas suspeitas, colhendo minúsculos fragmentos para análise.
Caso seja fechado o diagnóstico da neoplasia, o próximo passo é fazer o estadiamento, por meio de exames de sangue e de imagem que analisam a extensão da lesão, o subtipo do câncer e a presença em órgãos à distância (metástases).
A importância da colonoscopia
Como os tumores colorretais iniciam por lesões precursoras, os pólipos, é fundamental que homens e mulheres realizem a colonoscopia rotineiramente a partir dos 45 anos, para verificar a presença de pólipos. Caso existam, eles são removidos durante o procedimento.
Vale frisar que pessoas com fatores de risco, sobre os quais falamos em outro conteúdo relacionado à doença, devem procurar um médico para verificar a idade para o início do rastreio e a sua frequência.
Como você viu, o câncer colorretal pode ser prevenido. Portanto, não deixe a sua saúde de lado, cuide-se e evite esta doença que, se diagnosticada precocemente, tem altas taxas de cura.
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