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A prevenção do câncer de colo do útero é possível: saiba como

01/06/2023

Centro de Oncologia do Paraná

No Brasil o câncer de colo uterino é o terceiro mais frequente entre as mulheres, excluindo os de pele não melanoma. Para 2022, são esperados mais de 16 mil casos novos da doença. Trata-se de um número que poderia ser bastante reduzido caso a prevenção deste tipo de tumor fosse realizada efetivamente.

Isso acontece porque esta neoplasia é consequência da infecção por alguns subtipos do papilomavírus humano (HPV), considerada uma doença sexualmente transmissível. Em cerca de 70% dos diagnósticos, são o HPV-16 e o HPV-18 os responsáveis pela doença.

No último conteúdo desta série de informações do Janeiro Verde, mês de conscientização sobre os tumores do colo do útero, conversamos com o Dr. William Casteleins, que listou algumas ações preventivas essenciais. Confira!

Como a prevenção do câncer de colo do útero deve ser feita

Como citamos, esta neoplasia é causada pela infecção pelo HPV, transmitido por via sexual, tanto entre genitais quanto oral-genital. Portanto, o uso de preservativo e a redução no número de parceiros sexuais são ações importantes para reduzir a exposição ao vírus.

Além disso, é fundamental que as mulheres façam consultas regulares com o ginecologista, para realizar o exame de Papanicolau, anualmente ou a cada dois anos. Este é o principal meio de prevenção do câncer de colo do útero, já que detecta lesões em estágios anteriores ao câncer, que podem ser tratadas impedindo de se tornarem malignas.

Para se ter ideia, o desenvolvimento do câncer do colo uterino em mulheres com sistema imunológico normal, pode levar de 15 a 20 anos. Já aquelas que têm o sistema imunológico debilitado, como em portadoras do vírus HIV não tratadas, o desenvolvimento da neoplasia reduz-se para 5 a 10 anos. Ou seja, o acompanhamento médico com objetivo de prevenção é fundamental.

Outra ação imprescindível é não deixar de vacinar as meninas (entre 9 e 14 anos) e meninos (entre 11 e 14 anos) contra o HPV. A imunização é oferecida gratuitamente pelo SUS. No entanto, o número de crianças e adolescentes vacinados no Brasil ainda é muito baixo. Seja por falta de conhecimento, medo ou preconceito, em 2020, apenas 55% das meninas e 36,4% dos meninos completaram o esquema vacinal.

Segundo a Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), para diminuir a circulação do vírus, é importante que se atinja um percentual de 90% de meninas vacinadas.

Além destas condutas, é indicado suspender o tabagismo, que muitas vezes começa durante a adolescência, e é um importante fator de risco para o câncer de colo de útero e outros tipos de tumores.

Como você viu, a prevenção do câncer de colo do útero é possível. Portanto, cuide da sua saúde e de quem você ama. Compartilhe este conteúdo e conscientize outras pessoas!

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