O câncer de pele surge quando células do maior órgão do corpo sofrem alterações em seu DNA, resultando na formação de tumores. Ele é dividido entre os subtipos não melanoma e melanoma. O primeiro deles é o tipo de neoplasia mais frequente no Brasil, representando 30% de todos os diagnósticos. Já o segundo, apesar de raro, é a forma mais agressiva.
Em geral, o câncer é cercado de crenças equivocadas e estigmas, o que não é diferente com o de pele. Sabendo disso, conversamos com a dermatologista, Dra. Ana Carolina Peters Nogueira, que listou seis mitos e verdades sobre a doença. Confira e fique por dentro!
1. O aparecimento de “pintas” pode ser um indicador de câncer de pele
Verdade. O aparecimento de “pintas” escuras com bordas irregulares, acompanhadas de coceira e descamação, que mudam de tamanho, cor ou relevo, podem ser indicadores de câncer de pele.
2. O câncer de pele é sempre causado por exposição ao Sol
Mito. A exposição excessiva ao Sol e de forma prolongada, principalmente quando iniciada desde a infância, é o principal fator de risco para o câncer de pele, mas não é a única causa. Outros fatores de risco que podemos citar, por exemplo, são o histórico familiar e a exposição às câmaras de bronzeamento artificial.
3. O câncer de pele do tipo não melanoma pode evoluir para o melanoma
Mito. O motivo é que cada um deles se origina em um local diferente. O câncer de pele do tipo melanoma tem origem nos melanócitos, células produtoras de melanina, enquanto o não melanoma se inicia nas células basais ou escamosas da epiderme.
4. A cor da pele e dos olhos influencia em um maior risco para o câncer de pele
Verdade. Ter pele e olhos claros, cabelos ruivos e loiros, ou ser albino são fatores de risco para o câncer de pele. O motivo é que pessoas com essas características possuem menos melanina na pele, fazendo com que haja menor proteção natural.
5. Para prevenir o câncer de pele, preciso usar protetor solar somente quando o Sol está forte
Mito. Mesmo em dias nublados, é preciso usar o protetor solar, pois as nuvens não impedem a passagem da radiação UVA e UVB. Ou seja, a suscetibilidade ao câncer de pele é igual em ambos os casos.
6. Feridas que não cicatrizam podem ser câncer de pele
Verdade. Além das lesões similares às pintas, feridas que não cicatrizam por mais de quatro semanas podem ser sinais de alerta. Neste caso, é importante procurar um dermatologista para avaliação. Esteja atento aos sintomas que possam surgir, pois, quando diagnosticado em seus estágios iniciais, o câncer de pele tem altas taxas de cura.
Vale ressaltar que a prevenção é a melhor escolha. A recomendação é que, desde a infância, período em que a pele está mais exposta aos efeitos da radiação UV, os pais e responsáveis tomem todos os cuidados com a exposição ao Sol, pois será na vida adulta que o câncer de pele poderá se manifestar. Lembre-se: o uso do filtro solar deve se tornar uma rotina preventiva em todas as idades.
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