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Saiba mais sobre o câncer de pâncreas

01/06/2023

Centro de Oncologia do Paraná

Por ser de difícil detecção e ter comportamento agressivo, o câncer de pâncreas apresenta uma alta taxa de mortalidade. No Brasil, é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes causadas pela doença.

Apesar de ser um tumor de baixa incidência, os casos estão aumentando exponencialmente em vários países, incluindo o Brasil. Como a taxa de mortalidade é alta, estima-se que até o ano de 2030 o câncer de pâncreas se torne a segunda causa de morte entre todas as neoplasias, atrás apenas do câncer de pulmão. Não existe um fator específico para esse aumento da incidência, mas estudos sugerem que hábitos comportamentais dos países ocidentais ligados ao tabagismo, à obesidade, ao diabetes, ao sedentarismo, além do alto consumo de carnes processadas estejam relacionados ao aumento da incidência. Outros fatores de risco são a pancreatite crônica e a predisposição genética.

O câncer de pâncreas é muito difícil de ser diagnosticado nas fases iniciais, e quando o paciente apresenta sintomas, geralmente o câncer já está em estágio avançado, na maioria das vezes incurável.

Os principais exames de imagem que permitem visualizar tumores pancreáticos são a ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. Outros exames como a ultrassonografia endoscópica, a colangiopancreatografia retrógrada, endoscópica e a laparoscopia podem ser solicitados para complementar o diagnóstico, avaliar o estágio da doença e possibilitar a realização de uma biópsia.

Os sintomas, principais sinais de alerta quando se trata deste tipo de câncer, sa?o: dor abdominal e lombar, perda de peso e do apetite e coloração amarelada dos olhos e da pele. Quando qualquer um desses sintomas estiverem presentes, apesar de na maioria dos casos não virem a indicar um câncer, é essencial procurar um médico.

Além disso, visando a prevenção desse temido câncer, é fundamental a adoção de hábitos comportamentais saudáveis, como uma boa alimentação, rica em alimentos não processados e com baixa quantidade de carne vermelha, evitar a obesidade, o sedentarismo e o tabagismo.

Felizmente os tratamentos estão evoluindo e proporcionando maior taxa de cura e melhor qualidade de vida para muitos pacientes.

Dr. Marciano Anghinoni, cirurgião oncológico do aparelho digestivo do Centro de Oncologia do Paraná

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