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No inverno também é necessário se prevenir contra o câncer de pele: saiba mais sobre a doença e como evitá-la

17/07/2023

Centro de Oncologia do Paraná

Muito sem fala sobre o câncer dele durante os meses de calor, quando as pessoas estão mais expostas ao Sol. No entanto, os cuidados também devem se manter no inverno, pois os raios ultravioletas (UV) permanecem causando danos.

Pensando em reforçar o alerta neste período do ano, trouxemos algumas informações importantes sobre essa que é a neoplasia mais comum no Brasil. Acompanhe o conteúdo, que contou com a participação da dermatologista, Dra. Ana Carolina Peters Nogueira.

Quais os principais fatores de risco para o câncer de pele?

Os fatores de risco para esses tumores são divididos entre os evitáveis, ou seja, que podem ser controlados, e os não evitáveis. Vale citar que o principal deles é a exposição prolongada ao Sol e às radiações UVA e UVB.

Isso inclui as crianças, já que os efeitos são cumulativos, podendo levar ao desenvolvimento do câncer de pele na fase adulta. Outros aspectos que podem aumentar as chances para a doença são:

  • pessoas de pele mais clara, que avermelha facilmente com o Sol. Olhos e cabelos claros também são características relevantes;
  • trabalhadores que atuam ao ar livre, como por exemplo, carteiros, coletores, garis e agricultores;
  • faixa etária acima de 40 anos;
  • histórico familiar nos casos do câncer de pele do tipo melanoma e não melanoma.

Quais são os tipos de câncer de pele?

O câncer de pele é dividido basicamente em dois tipos, sendo melanoma ou não melanoma. Desse último é subdividido em basocelular e espinocelular. Veja as diferenças entre eles:

Melanoma

O melanoma é responsável por cerca de 5% de todos os diagnósticos de câncer de pele. Porém, são os tumores mais agressivos, capazes de se disseminar rapidamente. Entretanto, se detectado no início, tem um excelente prognóstico, com taxas de cura que chegam a 90%.

Eles se originam nos melanócitos (células produtoras de melanina, que determina a cor da pele) e podem surgir em qualquer região do corpo, seja na pele ou mucosa, tendo formato de manchas, pintas ou sinais.

Uma das formas de avaliar se pode ser um caso de melanoma é por meio de suas características. Por isso, foi criado o teste ABCDE, que significa assimetria, bordas irregulares, cores distintas na mesma pinta, diâmetro acima de 5mm e evolução, relacionada ao crescimento e mudanças no tamanho, formato e cor.

Caso haja lesões que apresentem sinais como esses, é fundamental procurar um dermatologista, pois ele utiliza também outros exames para auxiliar na detecção do câncer de pele.

Não melanoma

Enquanto os tumores do tipo de melanoma se apresentam geralmente na forma de pintas, o não melanoma tem características parecidas com outras doenças de pele benigna, como alergias e psoríase.

Ele pode surgir como manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram, além de feridas com pouca capacidade de cicatrização.

Normalmente, esse tipo de câncer costuma aparecer em regiões mais expostas ao Sol, como rosto, pescoço, colo e orelhas. Ele é dividido em:

  • carcinoma basocelular ou de células basais, responsável por aproximadamente 75% dos casos, mais comum em pessoas de meia-idade e idosos, desenvolvendo-se lentamente e com pouca capacidade de gerar metástases;
  • carcinoma espinocelular ou de células escamosas, o qual tem origem na epiderme, camada mais externa da pele, com maior capacidade de invadir o tecido gorduroso e atingir outros órgãos.

Apesar do câncer de pele não melanoma ter menos capacidade de metástases à distância, dados do INCA mostram que em 2020 ocorram 2.653 óbitos por câncer de pele não melanoma e para o melanoma foram 1.923 óbitos.

Como se prevenir do câncer de pele?

Apesar de não ser possível evitar todos os tipos de câncer de pele, a maioria deles pode ser prevenida. A melhor conduta a se tomar é a fotoproteção, em qualquer época do ano.  

A base para a proteção da pele é o filtro solar de forma contínua e rotineira, aumentando a frequência no verão, quando normalmente se está mais exposto.

Para quem tem pele clara e sensível, o fator de proteção indicado é a partir de 50, enquanto para pessoas de pele mais escura, é possível utilizar fatores mais baixos, mas idealmente a partir de 30. Há, ainda, os filtros conhecidos como minerais, que formam uma película na epiderme.

Outras ações importantes são:

  • usar filtro solar à noite se precisar ficar exposto a luzes intensas, principalmente as fluorescentes;
  • evitar o bronzeamento artificial, proibido no Brasil, já que a radiação emitida pelos equipamentos é danosa à pele;
  • evitar exposição ao Sol entre às 10h e às 16h e a permanência por muitas horas aos raios solares;
  • quando precisar ficar exposto, utilizar, além do filtro solar, outras formas se proteger a pele, como chapéus, roupas com fator de proteção e óculos de Sol.

Outra forma de se prevenir é por meio de consultas anuais ao dermatologista, sendo indicadas com maior ou menor frequência em casos específicos, o que é esclarecido em consulta.

Esperamos que tenha gostado do nosso conteúdo sobre o câncer de pele. Agora que você já sabe mais sobre o assunto, compartilhe em suas redes sociais para conscientizar outras pessoas!

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