Os casos de câncer colorretal têm aumentado, que tem sido alvo de notícias em função de diagnósticos em pessoas famosas, como as cantoras Preta Gil e Simony. Este aumento vale tanto para a faixa etária mais comum que é a partir dos 50 anos de idade, quanto em indivíduos mais jovens, como as artistas citadas.
Apesar disso, a doença ainda é cercada de informações equivocadas, que precisam ser esclarecidas para que homens e mulheres sejam diagnosticados quando ainda é possível preveni-la (a partir da retirada de pólipos pela colonoscopia) ou quando os tumores se encontram em estágios iniciais.
Pensando nisso, trouxemos seis mitos e verdades a respeito da neoplasia, com o auxílio do cirurgião oncológico com foco no tratamento de tumores gastrointestinais, Dr. Jeferson Luis Mattana. Confira!
1. Se eu não apresentar sintomas, a colonoscopia deixa de ser necessária
Mito. O câncer colorretal costuma ser silencioso e assintomático no estágio inicial. Sintomas como sangue nas fezes ou dores abdominais, por exemplo, podem surgir quando ele já está em uma fase mais avançada.
Por isso, a colonoscopia é indicada como rotina para pessoas a partir dos 50 anos de idade, ou antes no caso de histórico familiar.
2. A colonoscopia é um exame doloroso
Mito. Para a realização do exame o paciente é sedado, despertando apenas após o término. O procedimento é seguro é rápido, durando entre 15 a 30 minutos.
O que pode causar um certo desconforto é o preparo, que exige dieta especial, seguida de jejum e limpeza do intestino.
No entanto, o esforço vale a pena, pois no procedimento podem ser detectados pólipos, lesões benignas com potencial de se tornarem malignas. Quando isso ocorre, eles são removidos, evitando que se transformem em uma neoplasia.
3. O câncer colorretal tem cura
Verdade. Na maioria das vezes, o câncer colorretal é curável, desde que diagnosticado precocemente, quando ainda não se disseminou para outros órgãos.
Porém, devido ao fato de muitas pessoas não realizarem a colonoscopia de rotina, apenas cerca de 40% são diagnosticadas com a doença em estágio inicial.
4. Além da colonoscopia, há outras formas de prevenir a neoplasia
Verdade. São elas: manter uma dieta rica em alimentos in natura, como frutas, verduras, grãos e cereais, evitar carnes processadas, reduzir o consumo de carnes vermelhas e de álcool, manter o peso adequado, não fumar e praticar atividades físicas regularmente.
5. Se eu for diagnosticado, terei que usar uma bolsa de colostomia
Mito. Com os avanços dos materiais cirúrgicos assim como técnicas cirúrgicas, incluindo a laparoscopia e a cirurgia robótica, bem como os demais tipos de tratamento, a colostomia, que consiste numa ligação do intestino grosso diretamente à parede do abdômen, permitindo a saída de fezes para uma bolsa, deixou de ser obrigatória.
Além disso, quando o uso da bolsa de colostomia se faz necessário, essa é uma condição temporária na maioria dos casos.
6. Após o tratamento, terei que fazer exames frequentes
Verdade. Por mais que o tratamento tenha sido um sucesso, levando à cura, é preciso que o paciente permaneça em acompanhamento médico por um período pré-determinado.
Tomografias são realizadas com intervalos entre 3 e 6 meses e a primeira colonoscopia geralmente após um ano do procedimento cirúrgico.
Caso não haja sinais de recidiva ou novos pólipos, os exames vão sendo realizados com intervalos maiores. Nesse meio tempo, os médicos podem solicitar exames laboratoriais e de imagem diversos.
Isso é essencial para controlar o estado de saúde do paciente e realizar o diagnóstico precoce caso a doença retorne.
Este conteúdo foi útil para você? Então acompanhe as nossas redes sociais para saber sobre outros assuntos relacionados!