O câncer de colo do útero está entre os tipos de neoplasias mais comuns entre as mulheres. Apesar disso, a boa notícia é se tratar de uma doença que pode ser prevenida a partir de alguns cuidados.
Pensando em auxiliar neste sentido, fizemos este conteúdo, que contou com a participação do cirurgião oncológico com foco em tumores ginecológicos, Dr. William Augusto Casteleins. Confira e fique por dentro.
O que é o câncer de colo do útero?
O câncer de colo do útero se desenvolve na parte inferior do útero, normalmente a partir de lesões precursoras, causadas pela infecção persistente de alguns subtipos de papilomavírus humano (HPV). São dois os tipos mais comuns de tumores nesta região:
- adenocarcinomas – menos frequente, surge na parte interna do colo do útero (endocérvice);
- carcinomas de células escamosas – tipo mais frequente, ocorrendo na parte externa do colo do útero (ectocérvice).
Quais são os fatores de risco?
Apesar de aproximadamente 70% dos casos estarem relacionados ao contágio pelo HPV, considerado uma doença sexualmente transmissível, existem outros fatores que aumentam o risco de desenvolver o câncer do colo do útero. Veja quais são:
- imunidade baixa;
- histórico da doença na família;
- iniciação sexual precoce;
- múltiplos parceiros sexuais;
- tabagismo;
- uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.
Para quais sintomas as mulheres devem estar atentas?
A detecção precoce do câncer de colo do útero faz toda a diferença para o sucesso do tratamento. Mesmo que os tumores não costumem apresentar sinais em sua fase inicial, é preciso estar atenta aos seguintes sintomas:
- sangramento vaginal intermitente;
- sangramento vaginal após a relação sexual;
- corrimento vaginal anormal;
- queixas urinárias ou intestinais junto à dor abdominal;
- massa palpável na região do colo do útero;
- perda repentina de apetite e peso;
- dor lombar e abdominal.
Como se prevenir?
Como a principal causa do câncer de colo do útero são as lesões causadas pelo HPV, a melhor forma de prevenção da doença é diminuindo os riscos de exposição e contágio por esta infecção viral, além de minimizar outros fatores que aumentam o risco de desenvolver. Confira algumas medidas importantes:
- usar preservativos durante a relação sexual (protege parcialmente contra o HPV);
- vacinar crianças e adolescentes contra o HPV (a vacina é dada antes do início da atividade sexual, por isso é indicada para meninas e meninos entre 9 e 14 anos de idade);
- realizar periodicamente o exame preventivo Papanicolau, capaz de detectar e auxiliar no tratamento das lesões pré-cancerígenas, antes de se tornarem malignas;
- evitar o tabagismo, já que ele está relacionado ao desenvolvimento dos mais diversos tipos de cânceres.
Também é importante lembrar que sempre é recomendado manter uma vida saudável e equilibrada, cuidando da alimentação, controlando o peso corporal e praticando atividades físicas regularmente.
Tudo isso ajuda no fortalecimento da imunidade e proteção contra diversos tipos de tumores.
Esperamos que este conteúdo tenha sido esclarecedor para você. Acha que pode ser relevante para as mulheres que você conhece? Compartilhe em suas redes sociais!