Com a evolução da Medicina e as novas opções terapêuticas que foram surgindo ao longo dos anos, cada vez mais o tratamento do câncer de mama é feito de forma personalizada, considerando alguns critérios específicos.
Cada paciente é tratada de forma única, o que traz melhores resultados, tanto em relação à cura ou controle da neoplasia.
Para esclarecer melhor sobre os protocolos que podem ser indicados, conversamos com a mastologista, Dra. Camila Vitola Pasetto. Acompanhe e fique por dentro.
Quais são os critérios considerados pelos médicos para traçar o melhor plano de tratamento para o câncer de mama?
O tratamento para o câncer de mama não é o mesmo para toda mulher. Isso porque existem diferentes subtipos moleculares e histológicos de tumor, para os quais são utilizadas estratégias diversas.
Além disso, enquanto algumas pacientes são diagnosticadas com neoplasias em estágios iniciais, outras estão com a doença em estágio mais avançado.
Por isso, quando a neoplasia é detectada, os médicos indicam o chamado estadiamento. A partir da realização de vários exames, como os laboratoriais, ressonância magnética, tomografia computadoriza e cintilografia óssea, é possível identificar pontos como extensão do câncer, localização e subtipo.
Após essa avaliação, a equipe multidisciplinar, composta por especialistas como mastologista, oncologista clínico e cirurgião oncológico, define o protocolo mais apropriado.
Vale citar que certos fatores pessoais também influenciam, como idade da paciente e presença de síndromes hereditárias, como a BRCA1 e BRCA2.
Tipos de tratamentos
São diversos os tipos de tratamentos que podem ser indicados à paciente, podendo ser isolados ou combinados, dependendo do objetivo. Este pode ser, por exemplo:
- diminuir o tumor com a quimioterapia antes da cirurgia;
- retirar o tumor cirurgicamente antes de qualquer outro protocolo (caso necessário);
- controlar a doença metastática;
- prevenir possíveis recidivas com as denominadas cirurgias redutoras de risco;
- aliviar os sintomas da doença.
Com os objetivos traçados, o plano de tratamento pode conter os seguintes procedimentos:
- cirurgia – com o objetivo de retirar todo o tumor e as denominadas margens de segurança, as cirurgias podem consistir na retirada de toda a mama (mastectomia), seguida de reconstrução, ou serem conversadoras, conforme o caso;
- quimioterapia – utilização de medicações com o objetivo de destruir as células doentes e impedir que o câncer se espalhe;
- radioterapia – utiliza radiações ionizantes, com o objetivo de destruir as células do tumor ou impedir que elas se multipliquem;
- terapia-alvo – realizada em pacientes portadores de tumores com alterações moleculares, este procedimento apresenta menos efeitos colaterais, pois age na proteína que atinge as células doentes;
- hormonioterapia – utiliza medicações com objetivo de impedir a atuação dos hormônios sobre os receptores (quando presentes nas células cancerígenas);
- imunoterapia – estimula o próprio sistema imunológico da paciente a combater as células neoplásicas;
- cuidados paliativos – o objetivo é aliviar os sintomas e garantir mais qualidade de vida à paciente.
Importância do diagnóstico precoce para a cura do câncer de mama
O rastreamento do câncer de mama, que deve ser feito por todas as mulheres a partir dos 40 anos (ou antes quando há fatores de risco como histórico familiar), visa o diagnóstico precoce.
Quando os tumores são detectados em estágios iniciais, as taxas de cura chegam a 95%. Além disso, os tratamentos se tornam menos agressivos. Por exemplo, em muitos casos não é necessário realizar quimioterapia.
Por isso, lembre-se: a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama estão em suas mãos. Realize a mamografia e outros exames de rotina.
Você já fez o seu rastreamento deste ano? Nós do Centro de Oncologia do Paraná estamos prontos te atender. Se precisar, agende uma consulta!