O mês de abril ganhou a cor amarela para conscientizar sobre os tumores ósseos. Apesar de raros, eles podem acometer, de forma agressiva, desde crianças até idosos. Podem ser primários, ao se iniciarem no próprio osso, ou surgirem a partir de metástases de outros órgãos.
A falta de informação é um dos principais inimigos quando se trata do diagnóstico precoce, o qual contribui para o alto índice de mortalidade pela doença. Nesse contexto, para alertar sobre as neoplasias ósseas, conversamos com a oncologista ortopédica, Dra. Maria Olivia V.D.O Sallum, e listamos 4 perguntas e respostas frequentes sobre a doença. Confira!
1. O câncer nos ossos possui fatores de risco?
Uma das particularidades das neoplasias ósseas é que não existem fatores de risco como ocorre com outros tipos de tumores. Para ficar mais claro, um exemplo é o tabagismo para o câncer de pulmão.
2. Quais os principais tipos de tumores ósseos malignos?
O tumor ósseo mais frequente varia conforme a faixa etária. Quando primários do osso são mais comuns em crianças e adolescentes, sendo o osteossarcoma mais frequente.
Já em adultos e idosos, os mais comuns são relacionados às metástases, sendo que os tumores de mama e próstata são os que mais se disseminam para a parte óssea, seguidos por pulmão, rim e tireoide.
3. Para que tipos de sintomas é preciso estar atento?
O principal sintoma é a dor. Vale frisar que crianças e adolescentes que persistem com dores e pouco alívio com o uso de analgésicos e anti-inflamatórios devem ser consultados com especialistas.
Isso porque, apesar de existirem outras patologias que podem ter os mesmos sintomas, é preciso incluir o câncer ósseo nas hipóteses diagnósticas.
4. Como é feito o tratamento do câncer nos ossos?
Após os procedimentos de diagnóstico, os quais incluem o exame clínico minucioso, exames complementares e biópsia planejada é que o tratamento de cada paciente é definido. Quanto antes os tumores ósseos forem descobertos, menos invasivos são os tratamentos.
Um dado importante a ressaltar é a evolução pela qual as técnicas passaram ao longo dos últimos anos. Enquanto na década de 1970, por exemplo, a amputação era a cirurgia mais realizada, atualmente, com a evolução dos exames de imagem, como ressonância magnética, tomografia computadorizada e cintilografia óssea, bem como do tratamento quimioterápico e radioterápico, as cirurgias têm obtido melhores resultados.
Hoje é possível realizar reconstruções nos membros afetados após a ressecção do tumor, tornando melhor a qualidade de vida dos pacientes.
Esperamos que o nosso conteúdo tenha esclarecido as suas dúvidas sobre o câncer ósseo. Faça a sua parte nesse Abril Amarelo, compartilhe o post nas redes sociais!