O câncer colorretal, que atinge o intestino grosso e o reto, é o segundo tipo mais frequente entre homens e mulheres do Brasil. Por isso, o Março Azul-Marinho visa alertar sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce desses tumores.
No conteúdo anterior falamos sobre o desenvolvimento da doença e os principais fatores de risco. Para darmos continuidade ao assunto, conversamos com a oncologista clínica, Dra. Rayana Pecharki A. Postai, sobre os sintomas e o rastreio dos tumores colorretais. Acompanhe e saiba mais sobre o assunto.
1. O câncer colorretal pode apresentar sintomas iniciais ou é mais comum que surjam na doença mais avançada?
Da mesma forma que a maioria dos tipos de câncer, os tumores do reto e do cólon não costumam causar sintomas em estágios iniciais. Por isso, é tão importante a realização dos exames de rastreio.
2. Quais os principais sintomas da doença?
Sintomas que normalmente surgem são mudanças no hábito intestinal (constipação, diarréia ou ambos), dor abdominal, sensação de evacuação incompleta (o que chamamos de tenesmo), sangramento ao evacuar, fezes em formato de fita, perda de peso, parada na eliminação de gases ou fezes.
3. Até que ponto os tumores do cólon e reto podem ser evitados?
Existem diversos hábitos de vida que podem aumentar o risco do câncer colorretal, tais como: sobrepeso/obesidade, sedentarismo, tabagismo, história pessoal de tumores de cólon e reto ou certos tipos de pólipos intestinais. Alguns fatores podem ser minimizados com mudanças no dia a dia, as quais contribuem diretamente com a saúde em geral de homens e mulheres.
Além disso, pessoas com história familiar deste tipo de câncer ou portadores de síndromes genéticas podem iniciar os exames de rastreamento numa idade mais precoce, com o objetivo de fazer o diagnóstico em estágios mais iniciais, o que aumenta muito as chances de cura.
4. Como é feito o diagnóstico do câncer colorretal?
A pesquisa de sangue oculto nas fezes pode ser realizada como um exame de rastreio. Caso seja positiva, está indicada a realização de outros testes. Os principais exames para diagnóstico são a colonoscopia para o intestino grosso e retossigmoidoscopia para tumores de reto.
Estes exames consistem na introdução de um aparelho com uma câmera no intestino, através do qual, caso seja visualizada alguma lesão suspeita, é possível realizar a retirada de um pequeno fragmento (biópsia) do tumor, que é encaminhado ao patologista.
5. Caso a doença seja diagnosticada, quais os próximos passos?
Após o diagnóstico anatomopatológico da doença, deve ser realizado o estadiamento, ou seja, exames de imagem que indicam se os tumores estão localizados no órgão onde começaram, ou se já se encontram em outros lugares do corpo. Nesse caso, o tratamento inicial vai depender do estágio em que o câncer se encontra.
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