Nos últimos anos, o tratamento do câncer de mama tem sido um tema cada vez mais abordado, graças a uma série de inovações que vêm revolucionando a abordagem de especialistas ao redor do mundo. Nesse cenário, há muitos motivos para comemorar. Isso é o que mostra uma pesquisa realizada pelo hospital paulista A.C.Camargo, que envolveu mais de cinco mil mulheres em diferentes estágios da doença.
Segundo o estudo, nos casos em que há metástase, que é quando o câncer se espalha para outros órgãos, a possibilidade de um tratamento bem sucedido passou de 20% a 40%. Quando os tumores são descobertos em estágio inicial, as chances de sucesso chegam quase a 100%.
“Isso se deve aos avanços do tratamento do câncer de mama, tanto quando está localizado quanto nos casos avançados. Para os estágios iniciais, há dados que indicam que uma porcentagem de pacientes não necessitarão de quimioterapia após cirurgia, sendo indicado apenas o bloqueador hormonal. Já para os casos metásticos, há inovações como as moléculas inibidoras de ciclina associadas a bloqueadores hormonais, e a aprovação da imunoterapia. Os tratamentos são direcionados para tumores estimulados por hormônios femininos e para os triplo negativos, respectivamente”, explica a oncologista do Centro de Oncologia do Paraná, Dra. Emanuella Poyer.
A especialista, que esteve esse ano em um dos maiores congressos de oncologia do mundo, o ASCO Annual Meeting, conta que houve um reforço sobre um fator de risco importante para o desenvolvimento da doença. “Hoje se sabe, por exemplo, que a associação da obesidade e sedentarismo após a menopausa traz um risco 1,5 a duas vezes maior do que as mulheres que se encontram com peso saudável”, comenta.
Tendências para o tratamento do câncer de mama
Como citado, há inúmeras pesquisas envolvendo o tratamento do câncer de mama. Segundo a Dra. Emanuella, para o futuro as tendências são relacionadas a muitas novas moléculas, como imunoterapias, terapia-alvo, entre outras, que estão sendo testadas, e estudos em andamento para o aumento da sobrevida das pacientes com câncer de mama metástico. “Além disso, há os testes moleculares do tumor para direcionar a tratamentos específicos contra mutações ou alterações no DNA da célula tumoral. Com isso podemos obter cada vez mais sucesso nos protocolos de tratamento”, comemora.
Apesar de todos os avanços no tratamento do câncer de mama, a prevenção e o diagnóstico precoce são as maiores armas contra a doença. “Quanto antes o tumor for descoberto, maiores são as chances de cura. Conhecer o próprio corpo é muito importante, porque muitas vezes se percebem alterações que levam ao diagnóstico. Além disso, é essencial realizar consultas e exames preventivos, realizar atividades físicas e evitar o sobrepeso e a obesidade. Isso vale não só para câncer de mama, mas para outros subtipos”, aconselha.
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